De acordo com números do mercado imobiliário, as incorporadoras/construtoras estão mesmo deixando o banco dos réus no imaginário coletivo dos brasileiros. A melhor tradução dessa tendência é o aumento do número de novos contratos para aquisição de imóveis na planta em todo o país.
Segundo a Caixa Econômica Federal, só em São Paulo, o Programa de Demanda Caracterizada (Prodecar) já financiou a compra de mais de mil imóveis. Em todo o Brasil, o número ultrapassa duas mil novas unidades. Isto é só o começo. Com o aumento no volume de negócios e a aprovação de novos projetos, as expectativas para o ano 2000 são de um crescimento de mais de 200%.
Como funciona o Prodecar?
O programa foi criado em junho de 1998 e é válido para todo o país. Foi desenhado para atender famílias com renda superior a 20 salários mínimos (R$ 2,72 mil).
Não há limite pré-estabelecido para o valor do imóvel.
O Prodecar pode financiar até 100% do valor do imóvel, desde que a renda familiar comporte o compromisso assumido.
O prazo de financiamento é de até 20 anos.
Para imóveis de até R$ 300 mil, o FGTS é utilizado no ato da compra e não após a entrega das chaves.
Os juros são de 10,5% aa.
É exigido da incorporadora/construtora a contratação de um seguro que garanta a entrega do empreendimento.
O financiamento é feito em nome do comprador, que recebe a escritura do imóvel.
Com o Prodecar, a entrega dos imóveis costuma ser mais rápida, a partir de 12 meses.
A amortização do financiamento começa 30 dias após a assinatura do imóvel.
O que a CEF exige das construtoras/ incorporadoras?
A saúde econômico-financeira da construtora/incorporadora é criteriosamente avaliada.
Toda a documentação do empreendimento é verificada.
A liberação do valor das prestações está estritamente condicionada ao cumprimento do cronograma de obras.
São designados profissionais para acompanhar de perto todo o andamento da obra.
A construtora/ incorporadora é obrigada a contratar um seguro que assegure a entrega do empreendimento.
É exigido da construtora/ incorporadora a venda de 60% do edifício em pré-lançamento. Para empreendimentos com mais torres, o índice pode cair para até 30%.
Por que comprar um imóvel na planta pode ser um bom negócio?
Vários especialistas em financiamento imobiliário consideram esse sistema mais econômico e prático.
É mais fácil planejar os pagamentos.
É possível realizar alterações nas especificações do acabamento.
Há espaço de negociação para a realização de modificações internas.
Há a possibilidade de reprogramar a entrega do imóvel.
É uma das mais eficazes formas de poupança, pois conduz à aquisição de um bem de raiz.
A aquisição de um imóvel na planta promove o crescimento da economia nacional e a queda dos índices de desemprego.
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